O homem tira partido dos aromas desde os tempos mais recuados. Primeiro queimando ervas aromáticas como forma de invocar os deuses, advindo daí a palavra “perfume”, “per fumum” em latim, cujo significado é “através do fumo”.
Mais tarde, começou a preparar banhos perfumados com diversas ervas aromáticas, surgindo algum tempo depois os sabões, as pomadas e os perfumes, que numa primeira fase tinham uma base gordurosa.
Com a descoberta do vidro, que permite conservar por muito tempo até mesmo as substâncias mais voláteis, como é o caso das essências aromáticas que compõem os perfumes, estes passaram a uma fase de maior sofisticação, começando a partir do século XIX a ser usados também com fins terapêuticos.
Hoje, o perfume ocupa um papel de relevo em qualquer quadrante geográfico, permitindo revelar muito da personalidade de quem o usa, bem como do lugar que ocupa socialmente, uma vez que um frasco de dimensões diminutas pode chegar atingir um preço exorbitante.
Um mesmo perfume pode evidenciar aromas diferentes de acordo com a pessoa que o está a utilizar, uma vez que os odores corporais possuem características únicas resultantes de factores como a alimentação, os lípidos e os ácidos gordos exalados pela pele, que são afectados em grande medida pela temperatura da pele.
Um perfume não revela apenas os nossos traços da personalidade, pois influencia o estado de espírito de todos nós, uma vez que os aromas, quando inalados, penetram até ao sistema límbico, que faz a gestão das emoções, dos sentimentos e da memória, gerando sensações eufóricas, sedativas, relaxantes ou estimulantes.